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30 junho, 2008

A felicidade do Final ou Gracias porque sin ti no lo hubiese conseguido

Mais um preenchimento de
reticências terminou. Foi um trajecto difícil, percorrido sempre no mesmo sentido, onde os obstáculos constantemente marcaram presença, como não podia deixar de ser. Com a estratégia definida desde o primeiro momento e um empenhamento alicerçado no objectivo, nem sempre as opções foram as melhores, será depois do final que a lembrança ou o esquecimento pautaram o seu sucesso. Numa consciência que tranquiliza pelo saber de um esforço constante, começa hoje uma nova luta, um novo objectivo; com uma ilusão renovada e a certeza de um apoio incondicional. A vitória a quem pertence: pelos conselhos, pelo ânimo em cada palavra, por mostrar um caminho que nem sempre foi fácil de ver, por transmitir a experiência de forma tão sábia. Obrigada, sem ti, não teria sido assim.
Adiós Transmaior y que Viva España.

23 junho, 2008

Futebol ou !El dia 22, Itália dijo adiós!

Não gosto do Scolari, nunca gostei e duvido alguma vez vir a gostar; como não gosto do jogo dos italianos, sempre espectadores atentos do erro alheio, prontos a aproveitar. É uma questão de atitude, apenas isso. Como ouvi já lá vão uns bons anos, alguém por quem comecei a nutrir alguma admiração: “não tenho nada contra as pessoas, tenho contra as atitudes que tomam”. Achei intolerável a continuação como seleccionador nacional do Sr. que apenas tentou “defender o menino”, pela atitude de defesa e pela mentira pura e dura do dia seguinte. A mim que perdoem todos – que eu até tenho costela española – mas pensarme representada por um tipo destes, que devia ser exemplo do tão falado fair play, dá-me volta ao estômago. Toda aquela soberba vai faze-lo engasgar-se qualquer dia destes. Y hoy, dia 22, Itália dijo adiós. Sin penas, que ya debía haberse ido en el mismo avión que Francia. Y pensando mejor, no acabo de entender porque quedamos todos tan indignados con la victoria de Grecia en el 2004 (sin obviamente considerar, que la derrota fue de Portugal), un equipo que no sabia jugar fútbol, pero no con el Mundial de 2006 en que Italia se consagra ganadora. Al final, nadie parece haberles explicado, ni a unos ni a otros, que el objetivo de una partida de fútbol es marcar goles, no limitarse a defender los del adversario. Y si hay cosa que me toca profundamente las narices, es tener que ver el partido en canal portugués, con el típico comentador anti-español, que incesantemente suelta la chorrada de que: “Casillas não defendeu, valeu-lhe a presença na baliza para evitar o golo”, hablando de la mejor defensa del partido. Y es que no acabo de entenderlo. Que no le guste la Selección Española, me parece muy bien, que no sea suficientemente profesional para dejarse las simpatías en casa, me parece muy mal. Infelizmente, parece que profissionalismo, é palavra que faz parte de um qualquer dicionário, que caiu em desuso já lá vai algum tempo.

22 junho, 2008

Regresso a Marte

O tempo tem destas coisas, deixa espaço à mente para vaguear.
Só descobri que as viagens tinham acabado, agora que recomeçaram. E não tive saudades delas, porque estive contigo.

E sonhando recordei. Projectando o futuro regressei ao passado, porque agora ele existe.
Num presente distante que dói, relembro o ontem enquanto planeio o amanhã, e sorrio.

08 junho, 2008

E calçou a luva branca e esbofeteou-me com ela.

A medida que o tempo passa e o dia vai-se acercando, a consciência tenta tomar conta de mim, porque sabe que a necessito. Aconchegada o suficiente, para dar espaço a uma esperança que não desiste, segura-me a mão, mostrando-me o caminho que terei que percorrer.
Foram os dias mais difíceis, da minha então curta vida. Foram as lágrimas mais doridas, que algum dia derramarei. Foi uma estrada sem fim, que prometi palmilhar em sentido inverso. Foi o início de uma nova vida, que não queria viver.
E calçou a luva branca e esbofeteou-me com ela.

Nunca voltarei a sentir a revolta que vivi, porque a adolescência deixei-a atrás há muito tempo, mas voltou aquele amargo sabor a tristeza, que me acompanhou na distância. E do sonho do retorno feliz, ficou-me a lembrança, e hoje, não queria ter que partir, assim.

05 junho, 2008

Prisioneira ou a fuga de uma qualquer vida (expulsa de Marte)

Numa cela com paredes de vidro,
risco os dias que faltam para se abrir a porta.
Sei que chegarão as saudades
dum companheirismo insubordinado,
que sempre foi fiel ao carrasco, porque a corda,
parte sempre do lado mais fraco.
Lembranças de um olhar retrospectivo,
que não levarei comigo,
ganharam novas cores
na distância de um tempo que já foi.
E fica-me o saber, que da experiência,
que mais não é que um acumular de erros,
levo desta casa, desta cadeia sem grades,
desta cela, em que eu me aprisionei.