Seres especiais que questionam O excesso do hábito ou O hábito do excesso ou uma noite fantástica de uma vida qualquer (expulsa de Marte), onde só faltavas tu.

O fracasso. Esse medo atroz de uma escolha errada que nos tolda a vida. A que permitimos o inevitável, quantas vezes, muriendo lentamente. Hipotecamos a felicidade certos de uma escolha racional e consciente, delineada a receios de desilusão. Um passo em frente e tornar-se-á um aliado fiel, em batalhas infindáveis, de uma guerra que não acabará.
E ao recitar pensamentos, repisados vezes sem conta, se engrandecem. A fragilidade da alma, transformada em palavras, numa partilha de pão e vinho, de dúvida e certezas, de felicidade e tristeza, fortifica os sentimentos. E o que ontem era dúbio, é hoje a certeza do sorriso de amanhã.

Feliz cumpleaños, pequeño saltamontes. No te olvides que te quiero, feliz.

Amigo, não sei o que fiz

Sinto chegar o final
desesperada e exausta
desta corrida sem tempo
onde tão depressa te vislumbro,
como te perco.
E volto a Marte, sozinha
sem solidão amiga,
sem tua companhia
sem querer ser expulsa
sem sorriso nem alegria.
Conheço o pior em mim
eriçada sem motivos
não te faço feliz,
não haverá escada a subir
para uma lua, sem brilho
O que faço eu aqui?
neste labirinto infinito
de onde não consigo sair
para onde eu propria fui
e de onde só quero fugir.

Amanhã, ontem terá sido perfeito

Fixas o olhar, na vista da janela que descobre a árvore desnudada pelo Inverno que ilumina o silêncio da rua. Buscas respostas às perguntas que se encerram neste quarto, de paredes brancas, repletas de pontos de interrogação. Não as encontrarás. E a noite escura, será dia e enquanto a lua recolhe e o sol acorda, o amanhã é hoje e ontem foi perfeito e esta noite, voltarás a olhar para a rua desnuda.