>

27 novembro, 2007

Barcelona versão 1.0

Mama estaba triste, muy triste.

Supongo que es verdad, que se nota el peso que cargo sobre los hombros, como si de mí dependiese una felicidad que no me pertenece. Y pacientemente, se hace un hueco intentando encontrar su espacio, en una vida, que también es suya.
Seria capaz de vivir aquí, aunque sé ya hace algún tiempo que mis ojos no podrían continuar tapando lo que no me gusta sentir. Crecer nunca ha sido fácil. Y voy intentando entender lo que pasa, lo que ha cambiado y su porqué. Hace falta, me haces falta, siempre la has hecho; hoy soy consciente que nunca más la balanza se equilibrará, porque falta tu.


(Tren Terrassa - Barcelona, 23.11.2007)

19 novembro, 2007

A passo

Parece o mundo ter abrandado, aguardando por um qualquer fenómeno que estará para chegar; como um novelo gigante que encontrou um nó difícil de desfazer. A incerteza tomou conta dos meus dias e parece o tempo não querer passar, deixando horas e minutos passear calmamente pelas ruas do silêncio que acompanha outros momentos, de tristeza e de alegria.
Assim caminha a minha vida, a passo entre as Ramblas e a Baia, de mão dada com a certeza, na dúvida da distância, numa partilha que resvala salgada no entreabrir de lábios.

02 novembro, 2007

Na alma
de uma vida qualquer (expulsa de Marte)


Hoje voltei-lhe a ouvir a voz trémula; não houve silêncio, talvez por não haver tempo, mas sentir-lhe a tristeza pousada na alma. Dói-me o coração da saudade que pesa e falta-me a face para secar as lágrimas.
O silêncio sempre foi companheiro fiel das nossas andanças; fosse sentado no banco de trás a caminho do milagre, o encostado na parede a olhar o aparelho do qual não tirávamos a vista. Nunca foi uma incómoda visita nem o almejado convidado, apenas uma presença com a que nos habituamos a conviver.
E a tristeza dos seus olhos invadiu-me o peito, queria que o meu abraço terno a expulsasse para sempre da sua alma. E o sorriso dos seus lábios ilumina-me a existência, não apartarei os olhos da tua face luminosa que resplandece na escuridão.