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31 dezembro, 2012

2012
Foi um ano e tanto. Acaba finalmente. E para trás ficam as memórias, as lembranças e as recordações.
Foi um ano difícil. Demasiadas dúvidas, demasiadas certezas, demasiada tristeza, demasiada euforia. E para trás fica esse tempo, de momentos passados com a angústia de perguntas por responder.
Foi um ano de regresso, de voltar ao passado, às origens, de reencontrar uma vida, a minha vida.
Foi um ano, foi o ano do fim. O fim de um processo, de uma etapa, de um ciclo que já ia longo. Aprendi como nunca a conhecer-me, a conhece-lo. No final, gostava que tivesse sido diferente, queria que ficasse algo mais que a desilusão, talvez no próximo ano.
Foi um ano, não mais, 366 dias para guardar.

08 dezembro, 2012

Confesso
Sempre soube que este dia chegaria, e não ia ser fácil. O estomago encolhido ao tamanho de um feijão e o nó na garganta que dificulta até a passagem do ar. Nunca foi fácil perdoar-me e desta vez, o erro, foi um ERRO.
Sempre soube que este dia chegaria. Sentido de oportunidade da música, a única, que anunciava o inevitável há tanto tempo. E ao olhar atrás, demasiadas mágoas, demasiada solidão, demasiado tempo.
Sempre soube que este dia chegaria, enquanto olhava sozinha a torre de comunicações do Monsanto, os ramos da árvore desde a janela do quarto, a estrada a caminho de um destino que nunca foi o meu.
Sempre soube que este dia chegaria e não vai ser fácil perdoar-me, nunca é fácil perdoar quem sentimos nos roubou parte da vida, mesmo que tenhamos sido nós.

06 dezembro, 2012

Estranhamente calma
E o som de fundo da televisão é uma música que reconheço e que me transporta a outro tempo. E hoje volto à condição que tinha nesse tempo e estranhamente, sinto que recuperei uma parte de mim. Um virar de página tardio, regresso a uma essência perdida que sempre esteve aqui.