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31 maio, 2009

Inutilidades

Apenas necessitava sentir-me útil, mas tu não precisaste de mim e agora a raiva me consome, num arrependimento mudo que me corrompe.

28 maio, 2009

Porque serão sempre fonte, do melhor que posso recordar de mim

“…Como os amigos não são para os bons momentos, que um copo para brindar à alegria qualquer um aceita, nem para as palmadinhas nas costas, que isso até um manco as dá, cá vai …”
“…Talvez mais não seja, que o desacelerar da vida me faça crer que estou apática, quando na realidade apenas estou a viver…”
“…Talvez seja chegada a hora de ceder, deixando que o comum se sobreponha ao próprio ou não ceder e esclarecer o que ainda não está claro…”
“…o que idealizamos de nós mesmos e projectamos no futuro e o que na realidade ele nos depara…”
“…Luta, mas apenas enquanto acreditares que vale a pena tentar...”
“…Não te me feches no casulo, esperando ser borboleta para trazer-me notícias…Preciso de te ler…”
“…E as lágrimas caíram, na leitura da última frase que sei há muito. Quem te conhece como eu julgo sentir-te…”
“…Nunca tive dúvidas que foi sempre à volta de uma mesa rodeada de pessoas que amo que fui feliz. E hoje mais que nunca, tenho consciência que mais que o trabalho, a rotina ou uma língua que entenda! é isso que me falta…”

20 maio, 2009

As voltas

Neste mundo, cheio de caminhos, cruzamentos e entroncamentos, atravessamo-nos com todo tipo de pessoas: as que ficam, as que vão, as que foram e queríamos que tivessem ficado e as que ficaram e gostávamos que tivessem ido.
Neste mundo, cheio dos que ficam, dos que foram, dos que não deviam ter ido e dos que já vão tarde, passeamos, umas vezes juntos outras sozinhos, por caminhos escolhidos nos cruzamentos e entroncamentos que teimam aparecer.
E tudo pode acontecer.
Às vezes, quando pensamos que passeámos de mão dada pelo caminho escolhido, com quem quisemos que ficasse, descobrimos que corremos sem pensar ao seu lado e talvez, no último entroncamento, tenhamos eliminado o trilho que deveríamos seguir. Felizmente, podemos parar, agarrar-lhe a mão e escolher novo rumo no próximo cruzamento. Felizmente, podemos parar, estender-lhe a mão e voltar atrás.