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27 novembro, 2008

Amizade

Tenho lágrimas nos olhos, de uma felicidade que me invade e estampa um sorriso tonto nos meus lábios.

As saudades aumentam e não vejo o momento de dar-te um abraço bem apertado, para que sintas o que gosto de ti.

25 novembro, 2008

Menos um

Aumento o volume e sinto-me a sair do comboio que me transporta para mais um dia, de vida que não quero viver assim. E podias ser tu, com essa descontração de que nada se passa, embora comeces a sentir o frio a percorrer-te o corpo, que se adentra pelo rasgão de cima a baixo da calça, que apareceu não se sabe de onde. Afinal é menos dramático, ele apenas prepara o seu batido, aproveitando um tempo precioso, neste trem suburbano. Esboço o meu melhor sorriso, tentando contagia-los, não quero que as apatias circundantes me entristeçam os olhos, porque falta menos um dia. Menos um dia para estar com vocês.

21 novembro, 2008

Sinto-te a falta

" ...
E agora o importante. Os últimos dois meses foram uma autêntica experiência, um turbilhão de emoções e sentimentos. Estou cansada. Cansada de ponderação, de verdades absolutas, cansada de procurar certezas que nunca obterei aqui.
Ontem voltei a chorar. Tempo que não passa, tempo que não espera, tempo que não volta. Estou cansada de chorar. Eu não choro.
Cheguei onde me propus, é o momento de deixar o porto seguro que me abriga. É tempo de querer outra vida.
Tenho saudades tuas, do vinho tinto, das conversas sem fim e das ressacas do dia seguinte - se é que se pode ter saudades do dia seguinte.
Aqui fico, por enquanto, aguardando notícias tuas, que espero menos demoradas, com lágrimas de saudades nos olhos cansados de chorar, porque eu não choro.
Beijo nas decisões."

09 novembro, 2008

Apenas nós

Tenho saudades do teu corpo quente enrolado no meu, na noite escura dum quarto, que não o nosso, onde nada importa, apenas nós.
Tenho saudades das nossas conversas infindáveis, em volta de uma qualquer mesa, decorada com copo de vinho tinto, onde nada importa, apenas nós.
Tenho saudades de dar-te razão, após uma resmunguice sem sentido, que resgatada de paciência termina num sorriso, porque nada importa, apenas nós.
Tenho saudades dos nossos não tempos, para estar com todos e com ninguém, para querer ser egoísta e ter-te meu, porque nada importa, apenas nós.
Tenho saudades da nossa vida, a que não tivemos, a que procuramos todos os dias e se aproxima, porque já nada importa, apenas nós.