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22 abril, 2010

Feliz cumpleaños, Pequeño Saltamontes!

Que essa felicidade que transborda no tom da tua voz emocionada, não te deixe, nunca.
Sê feliz, que eu estarei aqui, sempre, a sabe-lo.

07 abril, 2010

Eram mais 30, foram mais 100 ou a Páscoa de Uma Qualquer Vida (expulsa de Marte)

Sexta-feira Santa, dia de viagem. Acordar, acabar de preparar a mala e empreender viagem. Ainda vi os vizinhos começar a sua, passou-me pela cabeça chegar ao estacionamento e deparar com o pneu do carro furado; coisas de quem sempre pensa no pior (ou acredita na Lei de Murphy). Mas estava tudo a correr como planeado, para variar. 13:30 h. e fechávamos a porta de casa comigo meio acabrunhada (ainda não aprendi a gerir o facto de acordar cedo e portanto ter o cérebro mais desperto de que quem acaba de sair da cama e não tem obrigação de me ler a mente) e a fazer a birra de deixar a máquina fotográfica em casa e não comentar que seria melhor levantar algum dinheiro – afinal o uso de cartões para tudo é coisa lusa, pouco comum nestas bandas. Percorremos alguns quilómetros, uns 50, ouvimos um ruído estranho e uns metros depois estávamos a encostar o carro com um pneu rasgado (felizmente, que se tivesse arrebentado podia ter-se dado um episódio do Älarm für Cobra 11). E começaram os telefonemas, que a fluência de alemão escasseia para falar com a assistência. Meia hora depois de passar frio do outro lado do separador na auto-estrada, chegava o reboque e o simpático Sr. que nos iria levar de volta ao ponto de origem. Como nem tudo podia ser mau, tivemos a delicadeza de furar mesmo à frente da oficina de assistência na estrada paralela à Autobahn, como era bom demais para ser verdade a procura de um pneu para o carro foi infrutífera, nada que pudesse ser usado, mesmo estando o Sr. disponível para troca-lo por 25 €. Como estávamos ainda na Alemanha, embora a escassos 30 quilómetros da fronteira belga, a assistência não proporcionava carro para continuar viagem e o facto de ser feriado impossibilitava a troca de pneu em qualquer oficina (os feriados e os fins de semana aqui cumprem-se em todo o seu rigor), mas como estas coisas acontecem a ADAC tem disponíveis carros para alugar com taxa de emergência. Resultado: regresso a Düsseldorf e as 16:45 h. nova tentativa de viagem após improvisar almoço e manter as “tropas” entretidas solucionando o aluguer. Demoramos 4 horas a chegar à portagem da A1 a escassos quilómetros de Paris e depois de 15 minutos para pagar nas cabines manuais, tardamos mais uma hora e meia a percorrer escassos 50 quilómetros porque é da praxe perdermo-nos em Paris, desta vez “decidimos” ir ver da Gare du Nord (só para recordar os tempos do Monopólio!). As 23:00 h. chegávamos ao destino, cansados de peripécias e prontos para aconchegar o estômago com a jantar da Piedade. Três dias com os papás, com direito a borrego, jogos de cartas, gargalhadas, passeios, massagens de costas e peixe fresco e é preciso regressar à vida do dia-a-dia. Saímos de noite, que atravessar Paris com trânsito é pesadelo idêntico a atravessar Lisboa rumo a sul em véspera de férias. Chegamos à portagem e estranhamente o preço era de mais 1,60 €, taxa de utilização do cartão por não utilizar a cabine manual?! Não, 20 quilómetros depois descobríamos não reconhecer o caminho. Meia volta e 50.000 metros depois voltávamos ao percurso correcto, com mais uma hora de viagem. Atravessámos a Bélgica e entramos finalmente na Alemanha e o carro na reserva. Foi mais uma peripécia chegar até à bomba da gasolina, eu já me resignava a ficar às 2 da manhã na berma da Autobahn e ele acumulava um stress pálido que lhe corroía mais que a alma ao ver que o computador de bordo já nem indicava os quilómetros que ainda podia percorrer a máquina. Finalmente e a escassos 20 quilómetros de casa aparecia o lugar de abastecimento que nos salvaria de mais uma aventura na Auto-estrada alemã.
Espero que tenham tido uma boa Páscoa; eu, esqueci-me de comer amêndoas.