>

22 abril, 2007

Em Marte (ou D’Marte?)

Estranha vida esta
no sistema solar,
ser habitante da Terra
não parecendo cá estar.
Um olhar, mesmo atento,
nos confunde na multidão,
e com o passar do tempo
não clarificará a questão.
Momentos, de ténue vida,
sentidos num mundo cruel,
incompreensão desmedida,
ninguém parece entender.
Algures, o corpo celeste
rodeado de luas e estrelas,
um Planeta vermelho;
um Deus de luta, de guerra.
Deixa de viver o rito
Mira a tua volta, que vês?
A ninguém se deu o infinito.
Reinventas aquilo que queres,
Tentas não ser esquisito;
Estás, ou não sabes se és?

18 abril, 2007

Socorro, me he tragado la pastilla de la verdad

No aprenderé nunca, puta manía. O me paso, y ya debías haber parado hace rato, o no llego y me malinterpreto hasta yo después de recordar.
Pero bueno, no trabajábamos todos aquí? si? Pues no lo entiendo. Te ignoran pero te quieren ayudar, te putean pero te quieren ayudar, te pisan pero te quieren ayudar, te mienten pero te quieren ayudar. Joder, con tanto ayudar.
Observas y no te gusta lo que ves, pero te callas, todo a su tiempo.Será que ha llegado el tiempo? Si, pero posiblemente el tiempo que ha llegado, te trae una hostia envuelta en papel celofán.

11 abril, 2007


Bons dias

Às vezes, precisamos de um empurrão; desculpa, devo ter chocado contigo, sem querer, ao voltar a aterrar de cabeça.

10 abril, 2007

Nós

E respondendo à sua pergunta, que não me era dirigida – nem a ninguém – diria que nada me espanta, que está tudo como esperava; agora, até ele. A minha única estranheza, é a resposta a uma dúvida que sempre me corrompeu, e que felizmente me provou que às vezes, tenho pouca fé. Porque o fio condutor que nos uniu, embora sofra os cortes que o tempo-tesoura aplicou, foi real e verdadeiro, foi sentido naquele momento, e o gracejo das recordações, não faz sentido na solidão.

09 abril, 2007

Já foi

Foram 3 dias sem pensar, que o primeiro ofereci-o ao telemóvel e ao asfalto, e ao quarto, recomeçaria.

04 abril, 2007

Vou levar a apatia a passear

Acordaremos cedo, para aproveitar o despontar do dia - esse mágico momento em que o sol pinta o céu de cores lindas - e rodaremos calmamente, ao som dos pensamentos que abafarão a música que tocar. Tomaremos o pequeno-almoço nesse recanto alentejano, que tantos sorrisos me ofereceu; no único lugar onde o café com leite acompanha uma ironia inteligente, que se nos descuidamos, barra o croissant que se quer seco. Continuaremos viagem absortos em recordações várias e conjecturas diversas, com a alegria estampada no rosto, que a sarcasmo não fará por menos. Chegaremos a um destino comum a demasiados, e aproveitaremos cada momento na companhia de uma protecção maternal, que nos aconchega a alma. E no regresso, a apatia terá ganho cor, deixando essa transluzida aparência que me entristece; porque as palavras são momentos, e há instantes mais eternos, e esta vida, que é a minha, se alimenta de alegrias e tristezas, em partes iguais.

03 abril, 2007

Cega

Não quero continuar a ver,
porque mire para onde mire
o meu olhar se entristece.
Já não há ingenuidade,
acabou a inocência
e o prazo de validade da inexperiência,
já expirou.
Deambulo sem destino
por um caminho que tracei;
sem saber onde irei,
sem importar se chegarei,
cega pelo objectivo que marquei
em outro tempo,
que mais não é, que um reflexo.
Sem escolhas de momento
que consiga avistar,
atrapada, entre o comodismo fácil
e a inércia com vontade de mudar;
não quero continuar, sem olhar,
porque veja o que veja,
a minha mirada, longe, sorrirá.

02 abril, 2007

Dormir

Ya puedo descansar, dormir para la eternidad. Creo tener recordaciones suficientes para hacerlo.