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30 outubro, 2010

Escondida

Não se deparou a vergonha de estar escondida à de ser encontrada, porque se sabia dificil.
Tempos inglórios que de reviveres e descanso (descanso, que já sobrava), se transformaram em dúvidas e mais dúvidas, mais uma vez, que canseira!
E não é difícil tomar decisões, dificil é viver com elas todos os dias, principalmente nos maus dias. Díficil é decidir abrir a porta, mas deixar a janela aberta, porque faz corrente de ar. Difícil é viver, quando não sabemos como, mesmo sabendo porquê.
Sou um embuste. Desci dos saltos altos, porque fazem doer os pés quando se anda, mas continuo a acumular pares; pendurei a sobriedade num cabide sem uso, porque me queria “casual” e fiquei altmodisch; acumulei tempo para tudo e o utilizo para nada; tomei uma decisão, mas dicidí não assumi-la, e assim me tornei uma mentira: de decidida a indecisa, de preseverante a desistente, de confiante a insegura, tudo porque não gosto do que via; porque é mais fácil fechar os olhos, que ver a dependência, esse bicho feio e cabeludo que se quer longe.
Escondida, assim estive para ninguém entender a farsa, enquanto tentava reverter o feitiço, e é inútil jogar às escondidas com o próprio, porque perdemos sempre.

PS: Há muito tempo, que não sorria, entre virgulas.