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31 dezembro, 2006

Fecho de Contas

Apesar de neste caso não haver prazo, mas aproveitando a ocasião, chegou o momento de apresentar contas, porque não chega fazer apenas um balanço, é necessário saber como e porquê aparece o resultado, é precisa essa análise demonstrativa dos bons e maus momentos, há que entender, esmiuçar, o que se tem e o que se deve de forma clara, retalhando-o, e contextualizar, mas principalmente, definir propósitos, claros e atingíveis. Chegou o momento de fechar contas e preparar a sua apresentação: com balanço, demonstração de resultados, anexo e relatório.
Um 2007 e não esquecer: ser feliz.

23 dezembro, 2006

Não sei

E não quero saber. Há coisas que não se explicam, apenas se sentem.
Não estou interessada em que ninguém compreenda, já pouco importa.

Parece que alguém me levou o sorriso, esse tão mágico que me fazia feliz, que encontrei pendurado no meu armário e que me ajudou por momentos a gritar. E agora estou triste e não sei porquê. Momentos. Saudades. Dias cinzentos de uma vida que deixa o tempo passar, de uma qualquer vida.

22 dezembro, 2006

Ser criança

Queria ser outra vez criança,
para que me brilhassem os olhos
como as luzes que iluminam a rua,
para que um sorriso me adornasse a face
como os enfeites alegram as árvores.
Queria ser outra vez criança,
para esperar pela doce ceia de Natal
com esse nervosismo bonito
de quem aguarda uma noite especial.
Queria ser outra vez criança,
para expectante provar o cava
nessa noite brilhante
acompanhado de 12 uvas
que nunca acabam antes das badaladas.
Queria ser outra vez criança,
para sonhar a chegada dos Reis,
recolhendo entusiasmada os caramelos
que anunciam a sua chegada
e descobrir o que esconde o sapato,
despertando de madrugada.
Que sejam outra vez crianças este Natal,
para que vos brilhem os olhos
um sorriso vos adorne a face
esperem pela doce ceia de Natal
saboreiem o cava como da primeira vez
e possam sonhar, acreditando

que é o primeiro de muitos dias felizes.

21 dezembro, 2006

Obrigada
(E respondi-lhe:)

“… há muito tempo que me aceitei como sou e há algum tempo que gosto do que sou - com o bom e com o mau - graças a vocês, aos meus amigos, a aqueles que me importa o que pensam, o resto pouco interessa … “

20 dezembro, 2006

O que tem que ser

Parecia que não deveria faze-lo - e talvez não devesse - as dificuldades foram tantas, que noutra qualquer ocasião teria desistido com esse comum pensamento: “não tem que ser”, mas desta vez achei que não, que tinha tomado uma decisão e ia leva-la até ao fim, e assim o fiz.

19 dezembro, 2006

Outras realidades

O sono anestesia qualquer possível contrariedade, um descanso merecido, que no entanto, algumas vezes, parece querer preencher o vazio.
O olhar cristalino ilude qualquer mirada, embora tão transparente como sempre, parece querer esconder um segredo, há muito revelado.
O silêncio amigo, sem nunca ter mudado, parece agora diferente, algo incómodo.

13 dezembro, 2006

Foi

Como acordar ainda noite
numa manhã de Outono,
como preparar o caminho
na madrugada serena,
como tomar um café
com aroma a torrado,
como preparar a jornada
sabendo-a já curta,
como o regresso esperado
que sempre é tardio.
Foi,
um pequeno prazer,
que da espera insensata,
perdeu a magia.

06 dezembro, 2006

O profissionalismo ou a vingança do orgulho ferido

Assim que soube a data, pensei que seria engraçado e quem sabe não me convidassem.
Assim que comunicou a sua vinda, pensei que seria engraçado e quem sabe não acontecesse.
Assim que comprovar que o meu sétimo sentido existe, pensarei que é engraçado e quem sabe não o começo a usar.

05 dezembro, 2006

O Minho com papá e mamã, o padrinho que teria escolhido e a madrinha que escolhi (das opções que tinha)
(Comentou-me no regresso, sorridente e convicta, numa dessas paragens para esticar as pernas e beber café, que se o tivesse conhecido antes do seu baptizado, o teria escolhido para Padrinho. E eu, não tenho dúvidas)


Ofereceu-me um gato, que eu acho que é gata porque é cor de rosa, embora se chame Farrusco que é nome de gato. Falamos muito durante a viagem. Emprestou-me o mapa, que eu gosto muito de mapas, e ensinou-me que se chamava GPS manual, e também revistas. Eu avisei que queria ir a Istambul, mas afinal não fomos (papá disse-me que entenderia porquê quando me mostrasse onde fica no meu mapa do mundo). Disseram que íamos a Espanha e pensei que tinha chegado, mas afinal não, mas fui. A Sra. assustou-me porque eu não tinha dinheiro para pagar a conta, mas ela não queria assustar-me. E vi o Benfica e fui um pouco benfiquista, e ele disse que também era um pouco portista, por mim. Dormi no mesmo quarto que a madrinha. E tiramos muitas fotografias, eu gosto de fazer caretas, mas dizem-me para não as fazer, mas eu faço na mesma. Brinquei muito com ele, gosto de brincar com ele, é divertido. Escrevi o seu nome no papel e ele no final descobriu que eu sabia contar para trás. Papá falou muitas vezes comigo, para explicar-me quando me estou a portar mal e a fazer birras. E fomos à praia, mas eu queria ir mesmo à praia, mas não me deixaram, só podia ver, diziam que estava frio. Em Espanha a madrinha falava estrangeiro e perguntei-lhe porquê, e quando lá estávamos eu cantava: “Somos portugueses” muitas vezes e cada vez mais alto para que todos soubessem, mas a madrinha pediu-me para parar, não percebi porquê. Brincamos às escondidas, porque a minha casa é pequena e não dá, mas eles dizem que sim. Combinamos que cuidaria bem do gato e brindaria aos amigos sempre que me apetecesse, que foi ele que me ensinou. E do que mais gostei, é que ganhei uma mala do 95, que adoro, e agora já não me separo dela.

(Qualquer semelhança com o que lhe passou pela cabeça, terá sido pura coincidência – bem queria eu!)