O volume

Volto a ligar a música, tenho que baixar o volume; hoje, está demasiado alto.

Consigo imaginar-te o sorriso de satisfação ao sair de casa, ao tempo que relembro as lágrimas que te ouvia ao contar-me.
É mais fácil na incerteza, duvidar que tomar decisões, que afrontar situações. É mais seguro, e na maioria das vezes, mais certeiro.
Mais um infortúnio, mais lei de Murphy, mais “tudo acontece”. Como bem dizias: “o que não mata, fortalece”. Sejamos fortes então.
Dói-me ouvir-te chorar, não a alma; dói-me o coração, sentir-te a solidão.
Mal faz-me sentir-te longe. Tu, tu fazes-me feliz.

Não ouço a música para contagiar sorrisos a circundâncias apáticas, tenho que aumentar o volume; hoje, está demasiado baixo.