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02 novembro, 2007

Na alma
de uma vida qualquer (expulsa de Marte)


Hoje voltei-lhe a ouvir a voz trémula; não houve silêncio, talvez por não haver tempo, mas sentir-lhe a tristeza pousada na alma. Dói-me o coração da saudade que pesa e falta-me a face para secar as lágrimas.
O silêncio sempre foi companheiro fiel das nossas andanças; fosse sentado no banco de trás a caminho do milagre, o encostado na parede a olhar o aparelho do qual não tirávamos a vista. Nunca foi uma incómoda visita nem o almejado convidado, apenas uma presença com a que nos habituamos a conviver.
E a tristeza dos seus olhos invadiu-me o peito, queria que o meu abraço terno a expulsasse para sempre da sua alma. E o sorriso dos seus lábios ilumina-me a existência, não apartarei os olhos da tua face luminosa que resplandece na escuridão.

1 Comments:

Blogger Trovador da Lua retalha...

A face está luminosa, mas a luz que ela resplandece não é minha. Ficou-me no rosto depois do abraço que me expulsou a tristeza e me devolveu o sorriso; aquele sorriso que te quer invadir o peito.

Beijo, Lua.

02 novembro, 2007 15:17  

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