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13 setembro, 2007

Marte roda pelo campo

Não vi atentamente a partida, mas pelo canto do olho fui espreitando um jogo de duvidosa qualidade. Tudo parecia acontecer em câmara lenta, como se os pés se enterrassem no relvado impedindo os jogadores de avançar a uma velocidade apropriada ou a o bola tivesse perdido a sua condição esférica, ganhando ângulos rectos que não a deixavam progredir - ilusão de óptica da minha retina, suponho. E os adeptos encheram o estádio de alegria e esperança, decorando-o com bandeirinhas e cachecóis, sem entender que quanto mais rei o proclamem, mais a corte abusará do estatuto, deixando o povo reduzido à miséria.

Não consigo entender a euforia nacional numa fase de apuramento (sofrida), para um europeu de futebol onde se demonstra que se é capaz do melhor e do pior (e do impensável), quando duas outras selecções (também) nacionais, uma ainda em competição e outra acabada de regressar, não têm o destaque próprio que lhes é devido no decorrer do evento, que seria dizer nas respectivas fases de qualificação; porque o merecido, a acontecer, acabará sendo uma homenagem póstuma, como invariavelmente sucede.

3 Comments:

Blogger Cravo a Canela retalha...

Ninha, qui biem que hablas de futebuel, ou buex, ou liá o qui aquilo fioi...

13 setembro, 2007 14:06  
Blogger Uma vida qualquer retalha...

Ai Charraz, para conseguir traduzir literalmente o que escreveste, tive que reler o comentário umas poucas de vezes (nem te digo quantas que é vergonhoso).
Besos majo.

13 setembro, 2007 16:25  
Blogger zmsantos retalha...

Para mim, acabaram-se os 'futebois'. Agora, joguinhos, só canasta.
Casa de doidos,esta onde acordamos!

14 setembro, 2007 11:58  

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