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06 setembro, 2007

Feliz (ou porque tu dizes que por vezes pareço triste)

Sou. Mas hoje não estou. Não sei porquê, nem sequer se devia não estar. Acho que não. Que tenho tudo, ou não tendo, Pelo menos tenho mais e melhor. Acho. Não estou, mas sei que de um momento a outro, Volto a estar. E um dia, saberei porquê. Também não importa. Porque afinal basta ser. E sou.
Há dias assim, em que tudo parece não ser suficiente. Em que me sinto ausente, não sei onde, mas não perdido. Há dias em que quero tudo, tudo tendo, mas não sentindo que o tenho. A noite há-de vir e amanhã outro dia também. E acredito que volto a ter tudo, mesmo que não tenha. Não é fácil ser não se sentindo sempre estar. Mas sou, não tenho dúvidas.

HMF 05.09.2007


Estás triste, és feliz?

És, o céu sereno e azul que aconchega sonhos;
não estás, a bravura do cinzento rompe numa praia deserta.
És, a brisa que alivia a doce tarde de verão;
não estás; o calor derrete as almas que vagueiam no tempo.
És, a refrescante chuva que renova esperanças;
não estás, a tormenta encharca tristezas próprias e alheias.
És, o sol que ilumina o sorriso ao despontar do dia;
não estás, as manhãs acordam à hora marcada pelo dever.
És, a luz da lua que de prata veste o caminho do mar,
não estás, a negridão da noite não deixará ninguém caminhar.
És, feliz na certeza do querer ser
não estás, a dúvida assalta num vazio que existe.

1 Comments:

Blogger Ana retalha...

Palavras para quê?
Lindo. Lindos!
Beijos duplicados

06 setembro, 2007 12:09  

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