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10 setembro, 2007

Fim-de-semana (de uma vida expulsa) em Marte ou o medo de sofrer

Deveria ter sido um festim decorado a alegria, reencontros e amizades há muito apregoadas a viva voz. Acabou numa mera refeição.
Há dias estranhos, em que parece que nada do que acontece faz qualquer sentido. Atitudes e palavras reflectem num espelho disforme que as transforma de forma irreconhecível e nada do que pretendíamos fazer ou dizer sucede como planeámos, se sequer o fizemos.

Desculpa, sem culpa nem papel principal foste um admirável espectador;
desculpa, aprenderei que não se pode patrocinar o que não nos pertence;
desculpa, não estive na convicção que a minha presença acabaria indesejada;
desculpa, o silêncio é um fiel companheiro que me acode sempre que sou incapaz de falar.

E do medo de sofrer, tortuosamente reprimimos sentimentos tentando negar-lhes uma existência, há muito provada. Valerá a pena sofrer por medo de sofrer?

1 Comments:

Blogger Ana retalha...

Olha, que engraçado, eu fiz a mesma pergunta, há pouco mais de três anos atrás e uma grande e querida amiga, respondeu-me: «Vale mais arrependermo-nos de algo que fizémos do que de nunca o termos tentado».
E eu... ouvi e calei.
E segui o conselho.
E, até agora, resultou muito bem :-)
E acho que ela tinha razão e que, independentemente do que o futuro traga, nunca me vou arrepender de ter tentado, o que vivi entretanto já valeu a pena.
Besos

12 setembro, 2007 11:21  

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