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25 setembro, 2007

Sempre

E fui incapaz de conter as lágrimas que me escorriam pela face, ao tempo que lhe sussurrava ao ouvido “te quiero mucho” e a apertava num abraço que queria interminável.
Tenho a vida marcada por despedidas e reencontros, pela distância.
A emoção da chegada a uma cidade iluminada de Natal e musicada com um “Vuelve a casa”, culminava na tristeza de um beijo que seria único demasiado tempo. A estrada infinita que se prolongava para além do comprimento, agoniava uma ilusão crescente e a decrescente contagem dos dias terminava num abraço que queria sentir para sempre.
Foram lágrimas de saudades, de tristeza e alegria em cada regresso, em cada partida.
E atrás de cada passo que damos, fica um passado.