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29 julho, 2006

Estranhamente

Embora não houvesse um charco,
estranhamente, um sapo cruzou o meu caminho.
Apesar de não querer companhia,
estranhamente, segurei-o nas minhas mãos.
Mesmo não perseguindo o mesmo destino,
estranhamente, não quis que me abondonasse.
Pensei que fosse um principe encantado,

estranhamente, ainda que não tivesse cavalo branco.
Sem chegar sequer a beija-lo,
estranhamente, descobri que era apenas um batráquio.
Continua a acompanhar-me,
estranhamente, não entendo porquê.

3 Comments:

Blogger zmsantos retalha...

Desde que não o tenhamos que 'engolir', e que não seja aparentado com o da fábula, um sapo é um animal de estimação, como outro qualquer.

31 julho, 2006 09:07  
Blogger Cravo a Canela retalha...

Desculpem-me mas não consigo achar piada a animais de estimação. Apesar de ter sido um espectador assíduo da "Arca de Noé", e de ter aprendido que "os animais são nossos amigos!". Mas são uns amigos estranhos porque dependem de nós, temos que lhes dar atenção diariamente, não pagam copos e não partilham connosco a sua vida sexual (ou pelo menos os sonhos que transformaram em factos reais). A única vantagem é que não nos gozam quando o nosso clube perde e são capazes de nos ouvir horas a fio sem emitir uma opinião nem aparvalhar. Ainda assim, parabéns pela "adopção".

31 julho, 2006 10:19  
Blogger Uma vida qualquer retalha...

Obrigada, mas não adoptei nada.

31 julho, 2006 23:26  

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