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03 maio, 2007

Dias que passam

E lá estava ela por detrás das nuvens, cheia e brilhante, perfeita.
Chora lágrimas de arrependimento, de uma culpa que não existe mas que a consome e eu, apenas lhe consigo secar as faces.
Abri a garrafa, tantas vezes prometida, tentando transformar uma mera degustação num acto de amadurecimento, como se o necessitasse.
E a cada dia que passa uma nova angustia, uma certeza, uma luta a travar que para mim, apesar de tudo, ainda é uma incerteza e eu, apenas posso ouvi-la.
Continuo a esconder-me atrás dela, da escrita, vivendo uma vida que não quero a cada nova palavra delineada.