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25 maio, 2007

Angustia

Pensei em ansiedade,
resposta a uma pergunta inexistente,
mas não era verdade
ela chegou e a angustia permanece.

Ignora-la talvez fosse solução,
o tempo passa e não lhe encontro uma razão
e ela aproveita e disso se alimenta,
o dia avança e ela persiste, me atormenta.

Confessa-la parece inconveniente.
Inconcebível como pode acontecer,
um sorriso transformar-se de repente,
nesta angustia que agoniza um não querer.

2 Comments:

Blogger Ana retalha...

Ditoso seja aquele que somente
Se queixa de amorosas esquivanças;
Pois por elas não perde as esperanças
De poder nalgum tempo ser contente.

Ditoso seja quem, estando absente,
Não sente mais que a pena das lembranças,
Porque, inda mais que se tema de mudanças,
Menos se teme a dor quando se sente.

Ditoso seja, enfim, qualquer estado,
Onde enganos, desprezos e isenção
Trazem o coração atormentado.

Mas triste de quem se sente magoado
De erros em que não pode haver perdão,
Sem ficar na alma a mágoa do pecado.

Camões dixit!

29 maio, 2007 15:25  
Blogger Uma vida qualquer retalha...

A angústia não é poética nem consciente, é incómoda.
Besos

29 maio, 2007 18:12  

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