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04 agosto, 2006

Sentidos

Pensava que vias,
apesar de não mostrar-te.
Pensava que ouvias,
embora não te dissesse.
Pensava que odoravas,
ainda sem perfumar-te.
Pensava que saboreavas,
mesmo que não provasses.
Pensava que sentias,
sem deixar tocar-te.
E deixei de pensar.
Vou mostrar-te onde estou,
para que vejas.
Vou dizer-te que me importas
para que oiças.
Vou perfumar-te de sol,
para que cheires.
Vou deixar-te provar,
para que saboreies.
Vou tocar-te num abraço,
para que sintas.


Os meus dois neurónios – masculinos supostamente, pelo nome de baptismo – resolveram deixar a vida sedentária que levavam – exemplo que o resto do meu corpo deveria seguir – e começaram a praticar Sumo. A consequência imediata de tal decisão, não é violenta em si – tendo em conta que ainda não comecei a engordar desmesuradamente, nem adopto a posição de voualifazerumacoisaqueninguémpodefazerpormim! – a não ser no meu mais recôndito mundo interior …

2 Comments:

Blogger zmsantos retalha...

Sumo? Também penso que é uma boa alternativa à fé, nestas coisas de mover montanhas...

07 agosto, 2006 14:16  
Blogger Uma vida qualquer retalha...

Sem dúvida, Zé. É que há montanhas dificeis de mover!

07 agosto, 2006 22:41  

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