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16 agosto, 2006

Há dias

Há dias que são azuis
e assim permanecem,
porque queremos.
Há dias que são azuis
e se tornam cinzentos,
porque deixamos.
Nunca gostei de chuva,
será por isso que o cinzento é triste,
embora das minhas cores preferidas,
uma nostalgia incurável, suponho.
Há dias que são cinzentos
e se tornam azuis,
porque queremos.
Há dias que são cinzentos
e assim permanecem,
porque deixamos.
Sempre adorei o sol,
aqueles dias de brisa fria,
de fim de inverno,
uma esperança infindável, deduzo.