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10 julho, 2006

As tuas mãos

Caminhava pela areia morna da praia
com o sol já em queda
num fim de tarde ainda confuso,
a brisa parecia querer envolver-me
o corpo timidamente desnudo,
como se tentasse abraçar-me,
como se tentasse abrigar-me,
como as tuas mãos.
O mar calmamente ondulado
rasgando a linha do horizonte
como o infinito azul do céu,
o vento revoltoso
refresca-me a palidez da pele,
provocando essa sensação indescritível
de frio, que há de chegar
mas está atrasado,
como quando acaricias o meu corpo,
com as tuas mãos,
e me causas arrepios.