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04 julho, 2006

O mundo

Não deixa de ter alguma ironia – essa do destino, que ultimamente teima em acompanhar-me a todo o lado – que consiga transmitir pela escrita, emoções e ideias com tanta clareza, quando levo uma vida inteira a querer comunicar ao mundo, coisas, que ele parece não entender. Porque pensava eu, que era clara a minha sensibilidade, e entendia ele, que tinha uma pedra no lugar do coração. E comentava eu, que talvez andasse a rir-me em demasia, e entendia ele, que mais parecia um regime militar. Sentia eu, que devia manter o silêncio, e queria ele, que gritasse uma coisa qualquer. Repeti eu, que a minha porta estava aberta, e respondeu ele, em carta registada com aviso de recepção. Então pergunto eu, será que com fundo branco ele entende o que quiser ou eu deveria ter nascido muda?, e responde ele ...