>

22 junho, 2006

Insociável e caprichosa, assim estou eu por estes dias, aliás, assim sou eu desde sempre – quem queremos enganar!? – suponho, no entanto, que o facto de ter incessantemente adiado os meus anseios, congelando-os no tempo e repondo-os à medida das novas circunstâncias, nunca deixou transparecer claramente estes singulares apanágios da minha personalidade.

Mas os estados alteram-se,
e hoje não me apetece.
Quero ser nuvem,
branca ou cinzenta,
tanto me faz!
Quero ir, para onde me levar o vento,
vou deixa-lo empurrar-me
a seu bel prazer!
E pouco me importa
senão querem vir,
estarão cá quando voltar,
como sempre estão,
como eu estive,
ou não,
outras ocuparão o vosso lugar.
Leva-me, quero ir,
flutuar por aí,
sem preocupação ou destino,
sem pressa e sem tempo
sem ti e sem ela,
apenas com ele,
com o vento.

Sim, ela está mudar, a minha vida!