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17 junho, 2006

Assim vale pena

É que não há nada melhor que ver as coisas ser bem feitas, e passar de 22 marmanjos a pavonear-se a 22 homens a jogar futebol é de facto sublime para quem aprecia a visualização de uma boa partida do desporto rei – nessa monarquia desportiva de súbditos, entre os quais eu não me incluo. De qualquer forma, e apesar de nunca ter sido grande adepta da sua prática, sempre gostei de passar o meu tempo frente à televisão a ver os grandes – ou pequenos, dependendo do desporto e das equipas – eventos desportivos. Já podia ser um jogo de basquetebol do Juventud de Badalona, o campeonato europeu de Atletismo, uma corrida de Fórmula 1 ou as Olimpíadas. Sempre me emocionei com eles. Naqueles momentos parecia que os grandes males da humanidade desapareciam, só assim poderia deixar que as lágrimas me corressem pela face, quando a selecção espanhola foi eliminada no Europeu de 96 frente a uma Inglaterra levada ao colo, que me fez acabar de joelhos frente a uma televisão em risco de ser destruída, por um ataque terrorista protagonizado pela minha ira.
Hoje houve mais sorte, o árbitro, apesar de tudo, não foi protagonista do jogo e demonstrou-se, mais uma vez, que o futebol é um jogo de equipa e não de pavões. Assim vale a pena ver futebol.