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05 julho, 2006

A Crise dos 3

Todas as relações têm as suas crises, e a minha não havia de ser diferente.
Claro, que há crises para todos os gostos, como cores, e principalmente para todos os tempos. Quem nunca ouviu falar da crise dos cinco anos de namoro, dos dez meses a fazer o seu trabalho, do primeiro ano de casamento, dos sete anos de relação – sim porque os dois anos e seis meses iniciais, não namorávamos isso começou depois, explicam – do ano e meio a fechar gavetas e dos sete meses a encontrar cabelos de 30 centímetros espalhados pela casa? (são de autoria própria, mas qualquer semelhança com a realidade, não deve ser bem pura coincidência). E suponho eu, que todas nos fazem sentir igual: cansados, insatisfeitos, desmotivados, tristes, perdidos. É que as delicadezas começam a ser efémeras e a memória não tem espaço para as lembrar como o fazia, qualquer assunto é motivo de discórdia e discussão por mais ridículo ou descabido que seja, mais do que nunca impõe-se a lei do mais forte – entenda-se força como sinónimo de poder – porque parece que se habita numa selva, o grau de exigência aumenta na proporção inversamente proporcional ao da disponibilidade só para chatear, e até custa acordar uma vez que a inconsciência do sono é muito mais cómoda. Então, é necessário tomar decisões, e no meu caso, estou preparadíssima para acabar com ela – seja ela qual for, a crise ou a relação.

6 Comments:

Anonymous Anónimo retalha...

Sim, existem essas crises, é um facto... mas a arte de manter o que quer que seja de forma minimamente constante na nossa vida é, precisamente, não nos deixarmos vencer pelas crises... e só acabar com a situação quando temos certeza de que o que vem a seguir é certamente melhor do que o que deixámos para trás... nem que seja pela certeza da insuportabilidade, insustentabilidade e impossibilidade da situação/relação/trabalho que voluntariamente se abandona.
Mas tu já sabes disso... e tens a sensatez suficiente para nunca abandonar algo prematura ou precipitadamente. Bjs gds

05 julho, 2006 13:16  
Blogger Uma vida qualquer retalha...

Sábias palavras, como sempre! Mas garanto-te que estou cansada de tanta sensatez, consequência, coerência, responsabilidade, e todas essas palavras "bonitas" - deve ser outra crise, a da idade!
E digo eu, que estamos cada vez mais apaixonadas, não?! Olha que, toda a vida, é muito tempo!

05 julho, 2006 13:41  
Blogger Cravo a Canela retalha...

Bolas, não tinhas outro assunto para falar, não?
Sou cada vez menos avesso a dar conselhos. O conselho é aquela ideia que nós nunca pomos em práctica quando nos vemos na mesma situação da pessoa que aconselhamos.
Portanto, limito-me a deixar a minha solidariedade, quer termines com a crise, quer termines com a relação.

05 julho, 2006 17:02  
Blogger Uma vida qualquer retalha...

O Sr. Charraz desculpe - tive que reler o comentário 3 vezes para entender porque demonios lhe incomodava o assunto, lenta que és una.
Esta minha eficácia para a crueldade começa a deixar-me preocupada, não vou querer ver se um dia passa a ser intencional ... serei prima de Lucifer?!
Obrigada pela solidariedade.

05 julho, 2006 18:13  
Blogger Cravo a Canela retalha...

Não te preocupes, só me incomoda a crueldade que é injusta e mal intencionada.

06 julho, 2006 14:23  
Anonymous Anónimo retalha...

Minha querida, lenta soy yo, que só hoje consegui ler a tua reacção à mensagem que aqui tinha deixado... enfim, consequências da confusão que sabes que foram os meus últimos dois dias... se era uma pergunta, sim, cada vez mais apaixonadas :-) E tu tb, pelo que vejo, cada vez queres mais vida em vez de monotonia, emoção no lugar da segurança e... não será que a única crise que aqui existe é teres descoberto/interiorizado/constatado que a vida é/tem/dá muito mais do que aquilo que pensavas? Teres descoberto/interiorizado/constatado que vale mais sofrer que não sentir de todo? Estou a ver-te... e apesar da angústia das tuas palavras... gosto do que vejo!

07 julho, 2006 15:46  

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