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19 dezembro, 2007

Histórias de uma qualquer vida (expulsa de Marte)

Há muitas coisas que não entendo, até aqui seria tudo normal, não fosse a minha teimosia em tentar compreender o que me rodeia.

Sei melhor que ninguém, mesmo que aparentemente nem pareça, que não sou nenhum poço de bondade e confiança; acreditem ou não, tenho alojado dentro de mim um ser mesquinho e maquiavélico que desconfia de tudo e de todos e que não pouca vezes, me condiciona o pensamento e as acções; justiça lhe seja feita, também já me poupou alguns dissabores. Na verdade, nunca pretendi ser um exemplo de virtudes, uma vida não chegaria para corrigir-me e sendo sincera, não há assim tanto que queira cambiar. Estou rodeada de pessoas que gostam de mim, que se preocupam comigo mais do que eu própria, que choram a minha tristeza e riem a minha alegria como se fosse delas, que me fazem sentir mais humana, que me ajudam cada dia a querer ser melhor, no fundo, estou rodeada de pessoas que me tornam especial. E dias há, em que a consciência - empurrada pelo ser de bom fundo que me habita - se pergunta que estarei a fazer com a minha vida, privando-me de momentos que nunca recuperarei; e há dias, em que uma medíocre malvadez me presenteia com a razão, que apenas é capaz de conviver com a solidão.

Há muitas coisas que não entendo, até aqui seria tudo normal, não fosse a minha incapacidade em tentar compreender-me.

2 Comments:

Blogger Trovador da Lua retalha...

Sei que tens consciência que a razão não tem razão, pelo menos desta vez.
E sim, és especial. Por ti. Porque, simplesmente, és.
Beijo

19 dezembro, 2007 17:17  
Blogger Cravo a Canela retalha...

Tristes os que todos os dias exibem a mesma côr...

20 dezembro, 2007 09:34  

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