Fumos (da grelha ao exaustor)
Sempre me dei melhor com eles que com elas; e é que apesar de tudo, prefiro a conversa do avançado que a escolha da cor do verniz; e o aroma do vinho aveludado ao último perfume da Chanel. Talvez tenha a ordem invertida, mas da aparência de mulher madura, gosto de acreditar que me desfiz há já alguns anos, sem deixar qualquer tipo de saudades. E parece, parece-me, que tudo se torna plastificado, é como aquela perfeita casa de bonecas com a recomendação “proibido tocar”, que sendo um regalo para os olhos, envenena a vontade de desfrutar do toque e conhecer os detalhes. E volto a Marte sem entender, se as escolhas são por prazer ou aparência; eu, continuarei a beber do tinto, discutindo a falta mal marcada entre cantos à desgarrada e filosofias de vida airada.
Sempre me dei melhor com eles que com elas; e é que apesar de tudo, prefiro a conversa do avançado que a escolha da cor do verniz; e o aroma do vinho aveludado ao último perfume da Chanel. Talvez tenha a ordem invertida, mas da aparência de mulher madura, gosto de acreditar que me desfiz há já alguns anos, sem deixar qualquer tipo de saudades. E parece, parece-me, que tudo se torna plastificado, é como aquela perfeita casa de bonecas com a recomendação “proibido tocar”, que sendo um regalo para os olhos, envenena a vontade de desfrutar do toque e conhecer os detalhes. E volto a Marte sem entender, se as escolhas são por prazer ou aparência; eu, continuarei a beber do tinto, discutindo a falta mal marcada entre cantos à desgarrada e filosofias de vida airada.
Manta cosida por Uma vida qualquer às 13:43
3 Comments:
De palavras fico à míngua, levado por estes fumos que, poderiam bem ir da grelha ao espaço, perfumando o éter com o aroma do coirato na brasa, entre copos de vinho tinto numa madrugada fria de Dezembro.
Soberbo, como sempre, Niña
(A propósito, em ti,se vislumbro aparências, só podem ser porque te dão algum prazer)
Besos.
Nem todas preferem o aroma do chanel aos aromas do vinho tinto, embora, nalguns casos (onde me confesso incluída), tenha sido por acção do bicho-homem que lhes tenham descoberto os inigualáveis prazeres.
No que toca ao verniz, não como tema de conversa, mas como arma de sedução, confesso-me fã incondicional.
Quanto à conversa dos avançados, resta-me lembrar-te um célebre Portugal-Inglaterra onde o homem presente se remeteu, acabrunhado, ao canto do sofá enquanto as meninas gritavam epítetos impróprios para ouvidos mais sensíveis... felizmente, no meio desta eterna guerra dos sexos, há momentos e pessoas que fogem aos estereótipos... tu és, definitivamente uma delas, e ainda bem!
Bjs
Obrigada Zé, é esse ânimo que me faz passar ao papel, o que me vai na alma e na cabeça.
Ana, estereótipo ou não, o que mais me espanta é a capacidade que as pessoas têm em deixar morrer uma essência, que na maioria dos casos, é bem melhor que a aparência. Enfim.
Besos mis niños e bom fim de semana.
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