Confissões
Odeio magoar as pessoas que me importam. Aquelas
que me fazem sorrir quando não quero, que me secam as lágrimas quando não sou capaz
de as conter, que me ouvem mesmo que não queira falar, que se preocupam com os
meus problemas como se fossem delas. As que me buscam para carpir as mágoas,
para brindar festejos, para sussurrar segredos que se querem gritados, para
partilhar a vida.
Odeio magoar as pessoas que me importam, porque
as desculpas não se pedem, evitam-se. E a consciência, que é minha, não tem que
ser um reflexo seu.
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