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22 abril, 2008

Tal día como hoy… ¡Feliz cumpleaños, pequeño saltamontes!

Não fosses tu – membro permanente e honorário do grupo de pessoas pelas quais era capaz de ir ao fim de mundo com a técnica aprendida de vender gelo a esquimós - e não teria obrigado os músculos do meu corpo a mexerem-se para se descolarem do sofá em que tão bem estavam encaixados. Recordo, como se hoje fosse, de pensar que não havia como recusar o teu convite; por muito que a disposição não plantasse um sorriso brilhante e a vontade de sair de casa com ar de festejo, fosse nula – sabes que há ambientes que para mim sempre foram hostis; pero también sabes que te quiero, mas que lo suficiente, como para pasar olimpicamente del tema. Lembro-me ao chegar: de estarem todos convenientemente sentadinhos, de ocupar recatadamente o meu lugar após saudar-te e ouvir o teu sempre presente elogio – às vezes penso que aos teus olhos sou transparente, tão bem me lês a alma! E foi, como são estas coisas, que não criando expectativas elas são sempre excedidas: um jantar animado e bem regado - que tudo é ser romano em Roma – que rapidamente se fez acompanhar do amigo Jameson, posteriormente substituído por essa bebida de cor estranha que acabo sempre por engolir, quando já bebi meio copo a mais na tua companhia. E passadas algumas horas de conversas, danças e devaneios vários, aconteceu o inexplicável, consciência apenas tomada horas mais tarde, trás a sempre interessante peripécia de ficar sem bateria no meio de um lugar chamado Esteval, acompanhada e sendo resgatada apenas algumas horas mais tarde por incapacidade de decisão dos neurónios ainda adormecidos pelos efeitos do álcool, perdi a memoria. Mas claro, selectiva como ela é, apenas apagou o que no momento lhe pareceu conveniente. E assim, começou uma nova vida.
Feliz cumpleaños pequeño saltamontes, gracias por quererme y dejar que te quiera.
Beijo, na tua sempre inteligente leitura de entrelinhas