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04 setembro, 2006

E desliguei, e a noite começou.

Sempre lidei melhor com a minha tristeza que com a dos outros.
E pareceu-me inútil o telefonema, ao ponto de senti-me sozinha, sentada no sofá da sala e angustiada porque a alguém interrompi o pensamento e não lhe esbocei um sorriso, apesar de ser consciente que nada mudaria, de que não estava sozinha, nem sentada no sofá da sala. E me entretive a pensar no assunto, enquanto conduzia o meu corpo para uma festa que me perseguiria, quer fosse ou não.
Já tinha descoberto com o passar do tempo, que pouco me diziam. Era evidente, tendo em conta a quantidade de vezes que os procurei. O que não imaginava e acabei entendendo, é o nada que também lhes digo. Toda uma novidade à qual não fui indiferente e que mereci, pena que me durasse tão pouco. E me entretive a pensar no assunto, enquanto conduzia o meu corpo por um caminho que percorreria, quer fosse ou não.
Tanta amargura, mesmo salpicada pelo álcool ingerido, não poderia ser só isso. E fiquei preocupada, e percebi que não valia a pena, e entendi que estava a ser má e tentei não o ser. Quando não se gosta, não se gosta e quando não gosto, nem tentes e se tento eu, mesmo sem saber e gostando, alguém me apoia e assim não ajuda. E me entretive a pensar no assunto, enquanto conduzia o meu corpo sonolento como um boémio, quer fosse ou não.

Há silêncios que assustam,
há silêncios que acalmam,
há silêncios compartidos,
há silêncios solitários,
há silêncios mudos,
há silêncios ruidosos.

Haja silêncio, para entreter-me a pensar no assunto.

1 Comments:

Blogger Ana retalha...

Estás a falar do k eu penso? Da mm noite em k eu tb estive? Bom, se for, pelo menos, para esta participante nessa «festa que te perseguiria mesmo que não fosses» significas muito, amiga! - e acho que para os outros também...
Beijos!

05 setembro, 2006 12:01  

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