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27 janeiro, 2013

O Regresso (de uma qualquer Vida expulsa de Marte) ao princípio

Como num filme, relembro aquela imagem:
um aeroporto, um beijo de despedida,
o caminho em sentidos opostos,
e tu, não olhaste para trás. Tanto cliché!
E não entendo a tua cobardia,
tão altiva no renascer duma paixão
tão desleal na defesa da nossa amizade;
e o que se jurou eterno
se desvaneceu num momento.
Não sei se alguma vez perdoarei;
talvez o tempo, esse curador de almas,
mas certamente nunca esquecerei:


Não sou apologista de deixar as decisões da minha vida em mãos alheias, se a vida tem que dar-me uma bofetada, que seja de mão cheia. E assim o fez, que na luta das distâncias, ela tem levado sempre a melhor. E ainda tenho a face vermelha, os dedos desenhados no meu rosto e a incómoda sensação de que poderia ter sido diferente - não foi a vida, na realidade nunca é. Valha-me um orgulho maior que o ego de Narciso, para passear a minha nova maquilhagem como quem desfila com a última criação de Paco Rabanne. Porque apesar de tudo, não deveria ter havido última palavra, por muito que pudesse ser mais difícil, mais lento, mais doloroso, mas a luta entre o ser e o parecer está sempre perdida para o ser, e eu não sei, nem quero, parecer.

1 Comments:

Blogger Ana retalha...

Nunca queiras, guapa. Porque tu ÉS!
Besos

29 janeiro, 2013 16:10  

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